Confusão e protestos durante votação da municipalização em Taiobeiras

Confusão e protestos durante votação da municipalização em Taiobeiras

Projeto de lei (PL) que visava à municipalização das séries iniciais do ensino básico de duas escolas estaduais de Taiobeiras, a Deputado Chaves Ribeiro e a Dona Preta, foi votado ontem, 06/07/2021, em reunião ordinária da Câmara Municipal e aprovado por 08 votos contra 04 votos contrários.

Os vereadores Adelson F. dos Santos (PTB), Agracina N. Ferreira (PDT), Alessandro C. Brito (PSD), Emerson O. Santos (PSDB), Jefferson Diego B. Amorim (PDT), Januário F. de Castro (PTB), João Manuel da Silveira (PSDB) e Wilson Belém (PSD) foram os vereadores favoráveis ao projeto. Já Charles Arruda Costa (PDT), Valmir Ferreira de Almeida (PODE), Warley Costa (PSDB) e Wemerson Soares da Silva (SOLI) foram os quatro vereadores que disseram NÃO ao projeto que culminou com a municipalização de ambas as escolas mencionadas.

Porém, ao contrário de todas as reuniões ocorridas neste ano de 2021, houve muita truculência e protestos durante a votação do projeto em pauta. Os nervos se exaltaram a partir do momento em que o jornalista Alex Sandro Mendes, que é o diretor do jornal Folha Regional, começou em voz alta a clamar que os vereadores pedissem vista ao projeto com a alegação de que a presidente da câmara não teria provocado audiências públicas para discutir o projeto com a classe que se sentia mais prejudicada.

Apoiado pela imensa maioria de servidores da educação estadual que compareceram para assistir à reunião, os protestos ganharam força aos gritos de “tribuna”, que por diversas vezes era solicitada aos gritos pelo jornalista, que queria se pronunciar a todo custo da tribuna. A inconformidade de Alex era por uma suposta inconstitucionalidade do projeto que “obrigava o governador a cumprir a lei municipal” – segundo o entendimento do diretor da Folha Regional.

Os protestos se intensificaram ainda mais a partir do momento em que o vereador Januário começou a arguir de maneira favorável ao PL, tendo em vista que este mesmo vereador teria postado em redes sociais, dias antes, o seguinte comentário: “…avaliei com muito cuidado e cheguei a conclusão no voto CONTRA a municipalização. Tirar direitos e pegar uma responsabilidade que já é do Estado significa um retrocesso.” No momento da fala do edis se escutava gritos de “traidor” e mal se podia escutar os argumentos do vereador no plenário. “Quando o projeto chegou as minhas mãos, voltei a estuda-lo com números e dados… não fui eleito para defender nem classe, nem grupo político…” – justificou o vereador pela sua mudança de posição.

Outros dois vereadores, Diego Amorim e Adelson Santos também teriam feito as seguintes postagens em redes sociais. O primeiro postou: “Estamos juntos e queremos o melhor para todos. Podem contar comigo.” Mensagem esta que teria sido postada em um grupo de whatsapp criado por servidores contrários ao PL. O outro vereador, Adelson, também teria postado nesse mesmo grupo de whatsapp: “seis votos vocês já tem…”; que no caso o sexto voto seria o do próprio vereador. Estes dois últimos não se manifestaram sobre suas mudanças de posição.

Fato é que o significativo número de servidores que compareceram à reunião, foi com um fio de esperança de que a pressão popular poderia convencer ao menos mais um dos vereadores a votar contrário ao PL, porém foram acachapados com a mudança de posição de três dos seis vereadores.

O PL agora segue para sansão do prefeito municipal e o trâmite de municipalização dessas escolas seguirá com a promessa do governo do estado em investir sete milhões de reais para reforma, melhoria e construção dos espaços escolares que foram municipalizados entre outras medidas.

Disponível em: Arame Farpado.

Higo Nunes

admin04@gmail.com

Postado: 07/07/2021

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