BH: Pais, alunos e funcionários fazem ato contra fechamento do colégio Pitágoras

Pais, alunos e funcionários fazem ato contra fechamento do colégio Pitágoras

O tradicional Colégio Pitágoras, no bairro Santo Antônio, região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi simbolicamente ‘abraçado’ na manhã desta sexta-feira (19). O ato contou com a participação de alunos, pais e funcionários, todos insatisfeitos com fechamento do colégio, anunciado para 2022.

O comunicado foi feito pela instituição no último dia 12 e surpreendeu a todos, já que o Pitágoras havia sido comprado pelo grupo Eleva, em novembro.

Mãe de dois alunos que estudam no Pitágoras há seis anos, a funcionária pública Roberta Freire Lisboa, 48, diz que o ato foi uma maneira encontrada para mostrar apoio aos funcionários afetados pelo fim do colégio.

“Estamos aqui em solidariedade aos funcionários que sempre nos acolheram e que agora, no dia 20 de dezembro, serão todos demitidos”, explica.

Ainda segundo Roberta, a forma como tudo aconteceu foi desrespeitosa com todos. “A gente já estava com matrícula feita pro ano que vem, tudo certo, e aí veio a notícia. Todos ficamos muito tristes, eu chorei, minhas filhas também, é um clima horrível”, relata.

Funcionários ouvidos pela reportagem que não quiseram se identificar relatam nenhum tipo de planejamento foi feito para as demissões. “Foi tudo feito de maneira amadora, abrupta e tosca”, conta uma funcionária.

O tradicional colégio tem cerca de 100 funcionários, segundo os trabalhadores. Eles pretendem processar a escola, já que o anúncio do fim do colégio não respeitou o prazo legal, que deveria ser feito com 90 dias de antecedência.

Sem assistência

Conforme o comunicado emitido pelo colégio, os alunos seriam encaminhados para o Coleguium, que pertence ao grupo Eleva. No entanto, os pais alegam que a mudança não foi bem aceita, uma vez que a nova escola estaria oferecendo condições diferentes das ofertadas no Pitágoras

 “Eu tenho benefício de bolsa, por conta do meu trabalho na faculdade, e no Coleguium isso não vai permanecer. Muitos alunos aqui eram bolsistas, e com a mudança, ficaram sem o mesmo benefício”, diz a professora universitária Margareth Costa, 45, mãe de duas meninas que estudam no Pitágoras.

Ainda segundo ela, o clima é de desolação diante do fim eminente da escola. “Para elas e pra nós foi uma tristeza gigante pois aqui a gente tem uma família. Todos os funcionários são parte disso”, lamenta.

Elder Lubarsi

elder@ceger.com.br

Postado: 19/11/2021

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